Este é o túmulo onde a minha alma reside, onde cresceu todo o meu ser, onde se encerra tudo o que sinto.
Do túmulo fiz corpo.
E todas as minhas acções físicas, corpóreas, não passam de idéias, de algo que vem do mais fundo de mim, dum mundo extra-sensível.
O meu conceito de auto-gestão é secreto e reside exactamente neste mundo extra-sensível. A ele só eu tenho acesso.
As acções (intencionais/conscientes) que tomo, no mundo das coisas visíveis, são as acções que sei que posso mostrar. Tudo aquilo que quero esconder permanece comigo e só comigo, no mundo das Ideias, e nada mais.
Parece tudo demasiado filisófico... Platónico, Aristotélico... Por aí. A verdade é que vejo nestas correntes algo de real.
Não sei o que existe para lá de mim enquanto corpo físico. Mas gostava de acreditar que a alma ou espírito permanece, mesmo quando o corpo já não é corpo, mesmo quando o físico se desvanece, mesmo quando tudo o quanto há de corpóreo em nós desaparece.
Se assim não for, então tudo é em vão... Aparecemos quando nos tornamos palpáveis... E desaparecemos quando de nós fizermos alimento à terra, ou formos cinza extra-queimada.
Não existe nada mais para além disso?? Somos corpo e do corpo vivemos? Para onde vai a alma que residia no túmulo que era o corpo? Acaba tudo no mundo visível?!
Não quero e não posso acreditar nisso... Nada pode ser em vão.
*Thoughtless
domingo, 11 de maio de 2008
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